Glossário Semântico de Farmacologia

 

Objetivo: Dirimir dúvidas quanto ao melhor uso de termos técnicos da área de Farmacologia, visando corrigir certos viés encontrados tanto nas traduções de livros textos utilizados na Graduação como mesmo em atividades da nossa Sociedade (palestras, pôsteres …). De fato, observamos que a terminologia pode ser confusa, especialmente quando diferentes autores utilizam termos diferentes para a mesma coisa ou quando termos com significados diferentes (pelo menos no seu uso stricto senso) são usados indiferentemente como se fossem sinônimos. Ademais, não há glossários nos principais livros texto de Farmacologia que pudessem servir de referência para quem tiver dúvida sobre o tema. Por outro lado, iremos aproveitar a oportunidade para divulgar a existência de uma referência muito importante para o uso correta de terminologia em Farmacodinâmica quantitativa, publicada pela IUPHAR (International Union of Pharmacology Committee on Receptor Nomenclature and Drug Classification. XXXVIII. Update on Terms and Symbols in Quantitative Pharmacology – Pharmacol Rev 55:597–606, 2003).

Formato: Em vez de fornecer um glossário stricto senso (lista de definições de termos técnicos), iremos focar em termos selecionados por propiciar certa confusão no nosso meio e propor uma terminologia, com base em argumentos devidamente referenciados. Este glossário será, geralmente, apresentado sob forma de confronto entre duas terminologias de uso comum. Um formato padrão seria um texto de aproximadamente 500 palavras (incluindo-se as referências).

Participação dos Sócios SBFTE: Além dos termos já selecionados (vide abaixo), a ideia é que esta coluna seja dos sócios, razão pela qual receberemos sugestões de termos a serem discutidos, se possível já na forma de pequenas matérias que serão analisadas pelo editor da coluna, podendo inclusive gerar discussão interna antes da publicação refletindo a visão da SBFTE.

Matéria publicada na Newsletter da SBFTE, em Janeiro 2013, pelo Prof. François Noël.

 


1. Medicamento (vs Remédio) e Fármaco (vs droga)

2. Efeito adverso vs Efeito colateral

3. Sinergismo vs Aditividade e Potencialização

4. Biodisponibilidade e Absorção

5. Eficácia, Efetividade e Eficiência

6. Doenças negligenciadas vs Doenças raras e Fármacos órfãos

7. Tempo de residência do complexo Fármaco-Receptor

8. Alosterismo, Sítio ortostérico, Sítio alostérico, Modulador alosterico e Ligante bitópico

9. Seletividade funcional/Agonismo tendencioso

10. Seletividade v.s. especificidade – Fármacos multi-alvo v.s. promíscuos

11. Farmacogenética e Farmacogenômica

12. Tipos de antagonismo

13. Hit, lead, drug candidate / Substância ativa, protótipo, candidato a fármaco

14. Descoberta e Desenvolvimento de Fármacos

15. Coeficiente de Hill e relação “Concentração-Efeito”

16. Reposicionamento de fármacos

17. Medicina baseada em evidências e ECCRs (Estudo Clínico Controlados e Randomizados)

18. Polifarmácia

19. Decoy receptor – Receptor isca

20. Biomarcador

21. Estudos pré-clínicos e/ou não clínicos

22. Uso emergencial, acesso expandido, uso compassivo e off label de medicamentos.

23. MTD (dose máxima tolerada) e NOAEL (nível máximo de dose sem observação de efeito adverso).

24. Necessidade médica não atendida (unmet medical need).

25. Farmacóforo vs. grupo farmacofórico e elemento farmacofórico.

26. Análise FOFA (SWOT analysis).

27. Afinidade vs. potência e suas constantes (Kd e Ki) vs. parâmetros (CE50 e CI50)

28. Medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) para idosos.

29. PROTAC: quimera de direcionamento de proteólise

30. Risco relativo (relative risk), razão de chances (odds ratio) e razão de riscos  (hazard ratio)

31. Quimiogenética, RASSL e DREADD

32. Revisão sistemática vs. meta-análise