Processo seletivo para Mestrado e Doutorado no Programa de Pós-graduação em Farmacologia da EPM/Unifesp
5 de janeiro de 2022Bolsa de Doutorado Direto em Química de Produtos Naturais no IFSC-USP
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18 de janeiro de 2022Estudo identifica substância análoga ao canabidiol que pode prevenir a dor neuropática
Vários estudos já demonstraram o potencial terapêutico dos canabinoides para o tratamento de neuropatias periféricas. E agora, uma pesquisa publicada na revista Neurophetics, apresentou uma substância sintética análoga ao canabidiol capaz de prevenir o surgimento da dor neuropática, a PECS-101.
Com uma estrutura semelhante a do canabidiol, com a adição de molécula de flúor, o estudo indicou que a substância pode apresentar uma potência entre três a dez vezes maior que a de seu análogo, além de que, quando combinada a um quimioterápico, trouxe melhores resultados ao tratamento de câncer e não causou dependência.
A neuropatia periférica induzida por quimioterapia (na sigla em inglês, NIPC) é o principal efeito adverso limitante de algumas drogas, como o paclitaxel (PTX), um medicamento amplamente utilizado e oferecido a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de diferentes tipos de câncer. E, foi utilizando este medicamento em camundongos, que a equipe de pesquisadores iniciou o estudo.
“O paclitaxel causa uma lesão neuronal, que normalmente está associada à dor neuropática. Estima-se que 80% dos pacientes que usam o paclitaxel venham a desenvolver esse tipo de dor crônica em menor ou maior grau. Portanto, é um problema clínico importantíssimo, pois nada funciona com esses pacientes para melhorar essa neuropatia. E, em muitos casos, o tratamento quimioterápico precisa ser interrompido”, explicou, em entrevista para a Agência Fapesp, Thiago Mattar Cunha, do Centro de Pesquisas em Doenças Inflamatórias (CRID) e um dos autores do estudo.
O trabalho foi uma realização conjunta do CRID, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, do professor Francisco Silveira Guimarães, também da FMRP-USP, e do pesquisador Raphael Mechoulam, da Hebrew University em Israel.
O grupo se mostrou bastante positivo com os resultados, principalmente pelo fato de que a substância pode prevenir o surgimento da dor neuropática, ou seja, ela não chega sequer a ocorrer, e devem continuar estudando a PECS-101 e seus efeitos no futuro.
Para ler o estudo completo, acesse: https://link.springer.com/article/10.1007/s13311-021-01164-w