Claudio Castro
Prezado Sr. Governador,
A Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE), representando seus mais de 500 sócios de diferentes regiões do Brasil, vem manifestar seu protesto em relação à iminente substituição na presidência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ). Tal mudança resultaria na saída do Professor Titular Jerson Lima Silva, do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo De Meis da UFRJ e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biologia Estrutural e Bioimagem (Inbeb), cuja gestão tem sido exemplar em prol da ciência no estado do Rio de Janeiro.
Dada a complexidade dos desafios para promover a pesquisa, a formação de recursos humanos e a inovação tecnológica, é imperativo que a continuidade da sua gestão seja garantida. A manutenção do trabalho do Professor Jerson assegura o pleno funcionamento do sistema educacional do Rio de Janeiro, e sua contribuição tem sido vital para o avanço da ciência e da tecnologia no estado. Sob sua liderança, a FAPERJ vivencia um período excepcional, com perspectivas altamente positivas. Sua gestão tem sido fundamental para o apoio a pesquisas de ponta, fomentando o desenvolvimento de tecnologias com potencial para transformar não só o cenário econômico e social do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil.
Esperamos que o reconhecimento desse trabalho seja suficiente para garantir a continuidade da gestão do Professor Jerson Lima Silva à frente da FAPERJ, evitando a interrupção de um progresso tão significativo para a ciência e a inovação no nosso país.
Atenciosamente,
Soraia K P Costa
Presidente
Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE)
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A decisão surpreendeu a comunidade científica, que até então via o governo paulista como um aliado da ciência e da inovação, especialmente por meio da FAPESP, reconhecida internacional e nacionalmente pela qualidade e eficiência do apoio à pesquisa por mais de seis décadas.
O impacto desse corte no orçamento da FAPESP será direto nas universidades estaduais e federais de São Paulo, classificadas entre as principais do Brasil e exterior, além de afetar as iniciativas de instituições de ensino privadas, pequenas empresas e startups que trabalham em áreas inovadoras, como preservação do meio ambiente, novas terapias para câncer, desenvolvimento de novos materiais e projetos de inteligência artificial.
A SBFTE torce para que essa situação seja revertida com urgência a fim de preservar a sustentabilidade da FAPESP, cuja estabilidade é assegurada pela Constituição Paulista desde 1989.
Diretoria SBFTE
Triênio 2024-2026
]]>Trata-se de um projeto financiado pelas indústrias farmacêuticas para garantir a retirada da assistência gratuita aos participantes de pesquisa, bem como o acesso aos medicamentos que se comprovem eficazes. Esta proposição interessa apenas à indústria, desrespeita os direitos humanos de pessoas que concordaram em participar das pesquisas colocando em risco a sua saúde (uma vez que, como pesquisa, existem riscos) e visa apenas os lucros.
A Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE) se posiciona, votando NÃO, na consulta pública PL 6007/2023
]]>Para votar acesse o link: Consulta Pública – PL 6007/2023 :: Portal e-Cidadania – Senado Federal
LEIA A NOTA ABAIXO:
Nota Pública de Repúdio
É com profunda consternação que recebemos as declarações recentes do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, proferidas durante o encontro anual da Pós Graduação em Genética e Biologia Molecular (GBMeeting), organizado pelo corpo docente e discente do Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular do Instituto de Biologia da UNICAMP.
Em sua fala, que pode ser acessada no vídeo da mesa redonda “A pós-graduação é o coração da ciência brasileira” disponível no Youtube (https://www.youtube.com/live/S9b8ppRZfUU?si=JWBJkiED7aSbux4G), Galvão desqualifica e subestima o papel fundamental desempenhado pelo Movimento Parent in Science. Suas palavras, ao afirmar que o Parent in Science “atrapalha muito”, não apenas carecem de precisão e fundamentação, mas também subestimam o compromisso sério e a contribuição significativa do movimento para a promoção da igualdade de gênero e oportunidades na academia.
O Parent in Science, uma organização internacionalmente reconhecida e premiada, tem como objetivo principal destacar e abordar os desafios enfrentados por mães na comunidade acadêmica. Nosso foco está na criação de um ambiente mais inclusivo e igualitário, buscando soluções para os obstáculos específicos enfrentados pelas mães na ciência.
Ressaltamos que, ao longo de nossa atuação, nunca adotamos análises simplistas, como propor uma distribuição de 50% das bolsas de produtividade para mulheres com base na proporção demográfica. Pelo contrário, nossos relatórios são embasados em análises detalhadas e comparativas, considerando as nuances da participação feminina na pós-graduação, proporcionando uma visão mais completa e contextualizada. Além disso, avaliamos tanto a proporção de mulheres que fazem submissão às bolsas quanto a proporção de aprovadas. Veja relatório completo aqui. Ao contrário do que foi afirmado no vídeo, em nenhum momento solicitamos processos de bolsas de produtividade em pesquisa separadas por gênero. Propomos, na verdade, reformas no processo de avaliação das bolsas e outros editais, considerando, entre outros fatores, as pausas na carreira das mulheres em função da maternidade.
O Parent in Science continuará seu compromisso inabalável na luta pela equidade de gênero, visando construir uma comunidade acadêmica mais justa, diversa e inclusiva. Declaramos nosso repúdio às declarações do presidente do CNPq e reiteramos nossa disposição para um diálogo construtivo em prol da promoção de ambientes acadêmicos mais igualitários.
Atenciosamente,
Movimento Parent in Science
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A SBFTE apoia as notas emitidas por várias sociedades científicas como a Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), Sociedade Brasileira de Infectologia
(SBI), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), entre outras, reiterando que:
1. A SBFTE apoia as decisões do Programa Nacional de Imunizações e do Ministério da Saúde em incorporar estas vacinas ao PNI, uma vez que estas, neste momento, estão embasadas nas melhores evidências técnico-científicas mundiais disponíveis.
2. Os protocolos adotados, baseados nestes estudos, cujo rigor científico foi avaliado por médicos e cientistas a serviço do PNI, não devem estar sujeitos a opiniões. Somente dados científicos mais robustos, obtidos através de estudos controlados, poderiam questionar a decisão tomada. Uma pesquisa de opinião, não pode e não deve dar margem para o questionamento pelo simples fato de ausência de metodologia científica que lhe dê suporte. Os resultados desta pesquisa podem, portanto, levar a interpretações equivocadas e a desinformação.
3. Embora o número de óbitos em crianças resultante da Síndrome Respiratória Aguda Grave por Covid-19 seja pequeno, sua ocorrência torna imperativo que possamos oferecer as nossas crianças esta proteção. Ademais, existem evidências científicas suficientes das vantagens da vacinação contra a Covid-19 na redução do risco de formas mais graves da doença, particularmente nas complicações pós-Covid.
4. Por fim, a vacinação em crianças menores de 5 anos não apresentou efeitos adversos importantes que justificassem sua interrupção.
Deste modo, a SBFTE reitera seu apoio ao PNI pela inclusão das vacinas para esta faixa etária e, juntamente com outras sociedades científicas, manifesta seu posicionamento contra este tipo de pesquisa executada pelo CFM, que não traz nenhum benefício de promoção à saúde, e sim colabora para suscitar desinformação e insegurança entre os profissionais de medicina, em detrimento do objetivo principal que deve ser o de fomentar entre seus pacientes o acesso aos cuidados básicos de saúde.
Diretoria da SBFTE
(Triênio 2024-2026)
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